Foi com muito orgulho na sua faculdade que João Limpo, presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), falou ao JPN. “É uma grande faculdade, uma grande escola, quer a nível de engenharia, quer a nível pessoal. Forma pessoas, e não forma só engenheiros”. É assim que João Limpo define a faculdade que o acolhe.

“Um aluno que aqui chegue encontra uma das melhores faculdades de engenharia da Europa. Prima pelos grandes nomes da engenharia, pelo grande peso na academia do Porto e pela inegável tradição”, caracteriza.

A FEUP não descura o desenvolvimento tecnológico. Segundo João Limpo, a faculdade disponibiliza muitos cursos, tentando conciliar as duas vertentes, “alguns virados para as novas tecnologias, outros mais tradicionais e de pendor clássico”. De qualquer maneira, “todos evidenciam grande qualidade”, defende.

A qualidade também é ponto assente nas novas instalações da FEUP. Descritas pelo presidente da associação de estudantes como “fabulosas”, foram inauguradas há cinco anos e “proporcionam excelentes condições de trabalho, desde os laboratórios às salas de estudo e às salas de aulas.”

Bolonha ainda é uma incógnita

“O processo [de Bolonha] está numa fase embrionária”, afirma João Limpo. O académico afirma-se reticente quanto à declaração: “Enquanto associação de estudantes, é complicado termos uma posição definida visto que o processo ainda está numa fase embrionária. Fala-se muito, mas não se sabe os moldes pelos quais o processo se move. No que toca à divisão cíclica há quem fale em 3+2, 4+1 ou até 5+0. É bastante complicado falar de algo que não está sólido”, argumenta.

Insegurança é o maior problema

Embora as instalações sejam de grande qualidade, a verdade é que não estão bem localizadas, garante João Limpo. A zona da Asprela, nas imediações do Hospital de S. João, acolhe o pólo 2 da Universidade do Porto onde fica a FEUP. “Recentemente, tivemos problemas com a segurança, que estão relacionados com a localização da faculdade, perto de bairros problemáticos”, recorda o presidente da AE.

Uma onda de assaltos, quer a pessoas quer a viaturas, levou a um consenso entre a AE e a Direcção da faculdade, no sentido de “unir esforços para aumentar a vigilância e melhorar a protecção quer aos bens, quer aos alunos e pessoal desta casa. Actualmente o problema tem uma dimensão menor”, afirma o estudante.

Na hora de ir embora, o futuro avizinha-se sorridente, garante João Limpo: “Quase toda a gente que sai da FEUP não tem dificuldades em arranjar emprego. O tal nome e a qualidade pelos quais esta faculdade prima, proporcionam facilidade aos seus ex-alunos quando estes procuram emprego.”

Agostinha Garcês de Almeida