O processo de Bolonha nas escolas de engenharia ficou mais claro desde 2004. Diversos elementos responsáveis institucionais de várias universidades e escolas universitárias com cursos de licenciatura em Engenharia juntaram-se em Coimbra para discutir o processo.

Da reunião resultou uma posição comum subscrita por todos os presentes, e que representa um contributo para a discussão do processo de Bolonha em Portugal. Simultaneamente, é também uma clara indicação das linhas estratégicas que devem orientar a formação em engenharia.

Tendo em conta que Declaração de Bolonha visa, entre outros objectivos, a empregabilidade para qualquer dos três ciclos de estudos, o 1º ciclo “deve assegurar a mobilidade e, fundamentalmente, garantir que os seus diplomados se integram no mercado de trabalho.”

Assim, o 1º ciclo deverá ter uma duração padrão de 4 anos. Segundo o documento, “a necessidade de obter formação com uma base científica sólida, numa área da engenharia (…) potenciando empregabilidade ao nível da implantação e operação de sistemas complexos (…) implica que o 1º ciclo da formação em Engenharia deverá ter uma duração padrão de 4 anos (240 ECTS)”. Este 1º ciclo permite assim potenciar os engenheiros com os conhecimentos e competências fundamentais, para que num 2º ciclo (300 ECTS) possa “aprofundar conhecimentos numa área especializada da engenharia”.

A definição da duração padrão não é, no entanto, inflexível. Deste modo, “admite-se a existência de primeiros ciclos de 3 anos orientados para uma formação vocacional em sub-áreas da engenharia”, tentando assim responder às necessidades da sociedade e a diferentes aspirações individuais.

Agostinha Garcês de Almeida