34 feridos é o balanço de um atentado executado hoje, quarta-feira, em Madrid. Uma carrinha armadilhada explodiu na rua Rufino Gonzalez, bairro de San Blas, por volta das 9h30 (8h30 em Lisboa) não se registando qualquer vítima mortal.

As autoridades suspeitam que o atentado terá sido perpetrado pela ETA, uma vez que este foi precedido de uma chamada do grupo separatista basco para o jornal “Gara” por volta das 8h45, segundo o “El Mundo”. A publicação basca é habitualmente utilizada pela ETA como veículo de aviso prévio sobre a colocação de engenhos explosivos

Segundo informou o alcaide de Madrid, Juan Alberto Ruiz Gallardon, os feridos não correm qualquer perigo de vida e apenas uma pessoa terá sido hospitalizada. A maioria apresenta ferimentos causados por estilhaços de vidro, problemas auditivos ou encontra-se em estado de choque.

O incidente não terá tido consequências mais graves, já que a polícia se encontrava de prevenção no local. A explosão deu-se junto do Edifício Aragón, onde trabalham cerca de 200 pessoas e onde se localizam os concessionários das marcas automóveis Opel e Land Rover, bem como de algumas empresas de “telemarketing”.

A viatura (uma Renault Express) terá sido roubada de Escorial, arredores de Madrid na noite anterior e deixada nas proximidades do Metro de Suances e junto de uma gasolineira, contendo mochilas com os engenhos que terão produzido o rebentamento, informou o ministro do Interior, Jose António Alonso.

O primeiro-ministro espanhol, Jose Luís Zapatero, já condenou o atentado, afirmando que “o futuro da ETA é dissolver-se”.

Daniel Brandão
Foto: Reuters