Este é o mais recente balanço do Ministério da Educação face ao impacto da greve de professores na realização dos exames nacionais do 9º ano. Em todo o país, cerca de 133 alunos não realizaram a prova de português. O Ministério pondera repetir a prova destes alunos

Contudo, o balanço nacional do Governo é positivo. O Ministério da Educação refere que os exames nacionais tiveram início em todo o país dentro da normalidade em 1.281 escolas de todo o país, envolvendo 103.868 estudantes.

O Distrito da Guarda foi dos mais afectados pela greve. Segundo uma fonte do Conselho Executivo da Escola EB 2,3 da Sequeira, em declarações à agência Lusa, a paralisação dos professores boicotou a realização dos exames nacionais do nono ano. Dos 79 professores convocados para fazer a vigilância das provas, só cinco estiveram presentes.

Ainda na Guarda, na Escola Secundária da Sé os exames decorreram sem precalços motivados pela greve.

Na Escola Secundária Afonso de Albuquerque, a maior da Guarda, instalou-se o caos com a concentração de vários professores às portas da escola com o objectivo de boicotar a realização dos exames, embora algumas salas estivessem a funcionar. António Soares, presidente do Conselho Directivo, declarou à Lusa que, das cinco salas disponíveis, quatro funcionaram.

Já em relação aos exames nacionais do 12º ano, com hora marcada para as 11h30, António Soares prevê que estes venham a decorrer na normalidade pois conta com a presença de professores suficientes para a supervisão da realização dos exames.

Segundo a mesma fonte, a adesão à greve registada nesta escola foi superior a 95%.

O Sindicato de Professores da Região Centro constatou o encerramento de várias escolas do ensino básico, nomeadamente duas das escolas de maior dimensão na área urbana da Guarda.

Hugo Manuel Correia
Foto: Stock Exchange