Tudo ficou na mesma. Alemanha e Argentina empataram a duas bolas na partida que decidia quem ficava com o primeiro lugar no Grupo A. Com melhor diferença entre golos marcados e sofridos, a selecção de Klinsmann termina a primeira fase como líder, mas isso não será sinónimo de facilidades nas meias-finais. É que a possibilidade de cruzamento com o Brasil é muito grande.

Ainda assim, jogou-se mais do que a honra em Nuremberga, num desafio entre dois fortes candidatos à vitória no Mundial de 2006. A Argentina recuperou duas desvantagens e repetiu o resultado que se verificara no último encontro entre estas selecções, em Fevereiro deste ano. Kevin Kuranyi, o novo reforço do Schalke 04, abriu a contagem perto da meia-hora.

Mais rápido do que Walter Samuel, Kuranyi bateu German Lux pela primeira vez. Todavia, a Argentina respondeu em três minutos. Juan Román Riquelme voltou a marcar de bola parada, mas hoje inovou na técnica, trocando a grande penalidade pelo livre directo. Terceiro golo do organizador argentino na prova. E assim se chegou ao intervalo.

A Alemanha ganhou nova vantagem após o recomeço, com o avançado de origem ganesa Gerald Asamoah a corresponder da melhor forma a uma excelente solicitação de Kevin Kuranyi. Todavia, a turma de Pekerman repôs novamente a igualdade. Juan Pablo Sorín serviu Esteban Cambiasso para o tento final. Um golaço do médio do Inter, que se estreou a marcar pelos alvicelestes.

Apesar do empate, a Argentina mostrou mais futebol do que a selecção de Klinsmann, mas a teoria diz que este nem sequer é um resultado desfavorável para os sul-americanos. O México, vencedor do Grupo B, é o adversário da Argentina nas meias-finais. A Alemanha aguarda pelos jogos de amanhã para conhecer o seu adversário, a definir entre Brasil e Japão.

Africanos vencem batalha dos eliminados

Em Leipzig, a Tunísia derrotou a Austrália por 2-0 e ficou com o terceiro lugar do Grupo A. Ambas as formações estavam eliminadas da competição, o que deu aos técnicos a possibilidade de utilizar opções secundárias. Roger Lemerre foi bem mais feliz nas escolhas e a Tunísia foi quase sempre superior ao representante da Oceânia, vencendo com golos do avançado dos Santos, de origem brasileira.

Petkovic, guarda-redes que rendeu o titular Mark Schwarzer, deu uma ajuda preciosa no tento inaugural ao não segurar um cruzamento fácil vindo da direita. No sítio certo, a estrela da vitória tunisina na CAN (Taça das Nações Africanas) encostou para o primeiro golo da partida.

A Austrália ainda assustou após a entrada de Thompson, mas seria novamente o conjunto africano a marcar. Bem lançado, dos Santos fez o segundo tento da conta pessoal, decidindo também a sorte do encontro. A Tunísia sai com ambições renovadas no ataque a uma presença no Mundial do próximo ano. A Austrália ainda tem o melhor marcador da prova – John Aloisi.

André Viana