Em 2004, foram descarregadas 139.643 toneladas de pescado fresco ou refrigerado em Portugal, menos 14.457 toneladas (-10,7%) do que no ano anterior. Contudo, nas Regiões Autónomas registou-se um acréscimo das descargas de pescado (aumentos de 10,3% nos Açores e 22,7% na Madeira), revela um estudo do Instituto Nacional de Estatística divulgado hoje, quinta-feira.

A pesca polivalente ocupa 46% do total de pescado descarregado, seguindo-se a pesca do cerco (38,7%) e a pesca do arrasto (13,8%). Só a pesca do arrasto registou um aumento (4,9%). A pesca do arrasto caiu 15,3% e a do cerco diminui 4,9% relativamente a 2003.

Na indústria transformadora da pesca e aquicultura, cuja informação disponível se reporta a 2003, produziram-se 157.430 tonelada de produtos e venderam-se 139.501 toneladas. O valor das vendas rondou os 580.562 mil euros, uma quebra de 5,5% em relação a 2002.

Rendimento da pesca cai

Em 2004, os rendimentos obtidos com a pesca diminuíram 16,9% relativamente ao ano anterior. O INE assinala também o facto de, no ano passado, não só o índice de preços implícito na produção do ramo da pesca ter sido negativo (-3,9%), situação pouco frequente nas últimas duas décadas neste indicador, como o volume da produção também ter tido uma evolução negativa (-3,9%).

No ano passado, continuou o processo de renovação da frota de pesca nacional. Saíram da frota 385 embarcações e entram 262 unidades, 217 delas provenientes de novas construções.

Pedro Rios
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