Mais de 2.000 pessoas morreram sábado, depois de um sismo de magnitude 7.6 na escala de Richter ter atingido o Paquistão, a Índia e o Afeganistão. O balanço do número de mortos é ainda provisório.
Várias aldeias foram destruídas pelo abalo, que teve lugar às 8h50 locais (4h50 portuguesas). Em declarações à Associated Press, o porta-voz do exército paquistanês, Shaukat Sultan, afirmou que este sismo é uma “tragédia nacional” e classificou-o como “o pior terramoto dos últimos tempos”.
A zona mais afectada foi a do território de Caxemira, região dividida entre a Índia e o Paquistão. De acordo com um responsável do lado paquistanês, Sardar Mohammed Anwar, mais de mil pessoas morreram só naquele território. Do lado indiano, os responsáveis apontam para mais de 200 pessoas mortas e 2.700 casas destruídas.
Vários esforços para ajudar os territórios afectados foram imediatamente postos em marcha. Voluntários do Crescente Vermelho viajaram de carro e a pé para as zonas mais necessitadas.
A água e os telefones continuam cortados e o fornecimento de electricidade ainda não foi restabelecido, à excepção dos hospitais.
Alguns países da União Europeia já disponibilizaram a sua ajuda, quer a nível financeiro, quer a nível de apoio médico. A Irlanda prometeu um milhão de euros, enquanto a Alemanha deu uma resposta de emergência de 50 mil euros. O Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jack Straw, anunciou, também, que o Reino Unido enviaria 100 mil libras e 50 funcionários de apoio humanitário. A Grécia também está a preparar o envio de uma equipa especializada em catástrofes naturais.
Em Janeiro de 2001 morreram perto de 20 mil pessoas na Índia, após um sismo de magnitude 7.7 na escala de Richter.