O primeiro-ministro, José Sócrates, reconheceu domingo à noite a derrota do PS. Horas após o coordenador autárquico socialista, Jorge Coelho, ter assumido a derrota do partido, Sócrates afirmou que “os resultados do PS ficaram muito aquém das expectativas”.

Jorge Coelho, que foi a última vez que coordenou umas eleições, por seu lado, declarou que “em democracia é preciso saber ganhar e saber perder”.

Quando confrontado com as consequências políticas que poderiam surgir desta derrota, Sócrates referiu que “era o que faltava se alguma liderança de um partido político fosse posta em causa pelo resultado de umas eleições autárquicas”.

Em 2001, depois de uma noite atribulada em que o PS perdeu várias autarquias importantes (Lisboa e Porto, por exemplo), o então primeiro-ministro, António Guterres assumiu a responsabilidade pela derrota e demitiu-se.

José Sócrates recusou-se a retirar ilações políticas para o Governo. “Os autarcas não são eleitos contra o Governo”, disse o primeiro-ministro. “Nestas eleições o que estava em causa não era o Governo, eram as câmaras”, concluiu o também secretário-geral do PS, que chegou a elogiar os portugueses por terem conseguido fazer a distinção entre as as autarquias e o Governo.

De acordo com Jorge Coelho, o PS acaba estas eleições com um total de 110 Câmaras, menos três que em 2001.

Tiago Dias