Era o nome que faltava para completar o núcleo dos representantes do Estado no Conselho de Administração da Fundação Casa da Música (CM): Amélia Cupertino de Miranda foi indicada pela Câmara do Porto e pela Junta Metropolitana para ocupar o lugar do terceiro representante do Estado na administração daquele equipamento.

Em comunicado, a autarquia diz que “a indicação [de Maria Amélia Cupertino de Miranda] foi efectuada por Rui Rio a título pessoal, uma vez que o anterior Executivo [em que a coligação PSD/CDS não detinha maioria] tinha chumbado a participação da autarquia na estrutura daquela instituição”.

Amélia Cupertino de Miranda, actualmente na presidência da Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, integrou a lista de Rui Rio nas últimas eleições autárquicas.

Proposta de Rio será apresentada terça-feira

De acordo com o comunicado da autarquia portuense, a proposta do edil portuense vai ser apresentada em reunião de câmara na próxima terça-feira, onde deverá ser aprovada graças à actual composição do Executivo camarário, no qual Rio detém a maioria.

Depois de votada pelo Executivo, a proposta é sujeita à aprovação da Assembleia Municipal, regressando posteriormente à Câmara para confirmação.

A nota de imprensa esclarece ainda que a indicação do nome de Amélia Cupertino de Miranda foi feita após “consulta a todos os presidentes de câmara” que integram a Junta Metropolitana do Porto.

Os restantes representantes do Estado no Conselho de Administração da CM foram nomeados pelo Ministério da Cultura. São eles o economista José Manuel Dias da Fonseca (actual presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos e gestor de seguros da Sonae) – que presidirá à Fundação Casa da Música – e o maestro José Luís Borges Coelho.

O Conselho de Administração da Fundação Casa da Música será composto por sete elementos, sendo que três são nomeados pelo Governo e os restantes quatro pelos investidores privados representados pelo banqueiro Artur Santos Silva.

Os privados nomearam Manuel Ferreira de Oliveira (da Unicer), Cristina Amorim (do grupo Amorim) e Nuno Azevedo (filho do empresário Belmiro de Azevedo), a quem coube o cargo de administrador delegado – o único que terá poderes executivos e, portanto, o único que será remunerado.

Azevedo é, actualmente, gestor da Sonae e administrador da Fundação de Serralves e da Fundação Portugal-África. É ao administrador-delegado que cabe a nomeação do director artístico da Casa da Música.

O quarto elemento do núcleo das 18 empresas privadas que vão integrar a Fundação Casa da Música está ainda por nomear.

Ana Correia Costa
Foto: Liliana Rocha Dias/Arquivo JPN