Francisco Vieira defende a criação de um gabinete de empregabilidade dentro da FAP. Concorda?

Essa questão tem sido assumida pelas associações de estudantes, que têm gabinetes que são financiados pelo Estado. Estar a criar um gabinete na federação é estar a colidir com isso. A FAP não deve criar um gabinete, mas estimular as associações de estudantes que ainda não têm unidades de inserção na vida activa para os criarem e perceberem os caminhos para obter financiamento. É um pouco utópico acreditar que a federação pode criar um gabinete que responda às necessidades de empregabilidade de 70 mil alunos de 168 cursos.

Defende a criação de um jornal digital, ao contrário do seu adversário, que propõe o regresso do “Porto Académico”. Porquê?

O “Porto Académico” existia como jornal que acabava por ser de propaganda. Deve ser feito um jornalismo mais sério. Nesta altura, o caminho é mais bem conseguido apostando num jornal electrónico em que todos os dias se faça a actualização das notícias do ensino superior.

Outra questão neste campo que o separa de Francisco Vieira é a da rádio universitária. Porque é que contra esse projecto?

A FAP já teve uma rádio, em 1990, que não resultou. Há anos atrás apostou numa rádio na Internet – não funcionou. Não existem condições técnicas. Não existe na área do Porto espaço para frequências de novas rádios nem mercado. A Rádio Universitária do Minho demorou 15 anos a conseguir dar lucro e a ter um modelo de gestão que não desse problemas à associação académica.

Texto e foto: Pedro Rios