A Comissão Europeia apresentou hoje, quarta-feira, o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização, que procura apoiar os trabalhadores desempregados devido à deslocalização de empresas. A iniciativa conta com uma verba de cerca de 500 milhões de euros por ano, destinados a apoiar a formação e a reinserção no mercado de trabalho.
Segundo os critérios de distribuição apresentados hoje pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, os trabalhadores abrangidos por este projecto podem receber até 10 mil euros durante um período de 18 meses. No total, entre 35 a 50 mil trabalhadores desempregados, de empresas nacionais ou multinacionais, podem vir a beneficiar desta ajuda.
Para receberem os fundos, os Estados-membros têm de se candidatar previamente e preencher um conjunto de critérios. Entre eles, estão a relação entre as alterações estruturais do comércio mundial e a situação de desemprego, a flutuação das importações e exportações e, ainda, as consequências negativas da globalização para a região em causa.
Com esta iniciativa, que se insere numa estratégia para a adaptação às mudanças estruturais, a Comissão Europeia procura minimizar as consequências negativas da globalização. “O Fundo será a expressão da solidariedade da União para com todas as pessoas grave e pessoalmente atingidas por despedimentos ligados às mutações do comércio mundial”, afirmou Durão Barroso.
O projecto entra em vigor em 2007, tendo uma duração prevista de seis anos, com verbas do orçamento comunitário que não foram gastas.
