O CDS-PP rejeita responsabilidades pelo facto de ontem, quarta-feira, as votações terem sido impedidas por falta de deputados. No grupo parlamentar do CSD foram registadas cinco ausências. O líder da bancada, Nuno Melo, explicou que Pedro Mota Soares e António Pires de Lima estão com licença de paternidade por terem sido pais há pouco tempo, que Telmo Correia se encontra no estrangeiro em representação da AR e que João Rebelo e Paulo Portas se ausentaram em trabalho com a sua autorização.

O líder parlamentar do PSD, Marques Guedes, remete responsabilidades ao partido do Governo. Em defesa, o vice-presidente da bancada socialista, Vitalino Canas, adiantou, em declarações à TSF, que alguns deputados socialistas estavam fora do país ao serviço da AR e assegurou que serão verificadas “caso a caso todas as justificações dadas pelos deputados”.

Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, garante que vai aplicar “taxativamente” o regulamento sobre faltas, que prevê o desconto de um vigésimo do vencimento caso a ausência não seja justificada.

Ao final da tarde de ontem, apenas 111 dos 230 deputados estavam presentes no hemiciclo, sendo necessário o mínimo de 160 parlamentares para serem possíveis as votações. O PSD registou meia centena de faltas com apenas 25 deputados presentes. No PS faltaram 49 dos 121 parlamentares. No PCP verificaram-se 3 ausências e no Bloco de Esquerda uma.

Ficaram assim por votar nove diplomas, entre os quais um voto de protesto do CDS sobre o encerramento das maternidades bem como várias directivas comunitárias.

Paula Coutinho