Cerca de 300 artistas distribuídos por mais de 70 eventos vão preencher 40 horas consecutivas de música, dança, cinema, teatro, exposições, oficinas em família e visitas orientadas na Fundação de Serralves durante os próximos dias 3 e 4 de Junho, na terceira edição do “Serralves em Festa”. As portas abrem às 8h de dia 3, sábado, e a festa acaba às 00h de domingo. A entrada é grátis.

Depois de no ano passado ter recebido 54 mil pessoas, Serralves tem pela primeira vez a totalidade dos seus 18 hectares de Parque disponíveis para a festa. O vice-presidente da Fundação, Vergílio Folhadela, afirmou hoje, sexta-feira, na apresentação do programa da festa, que espera que o clima colabore numa programação que vai ter eventos para todos, “desde o avô até ao neto pequenino”.

Para o director do Museu de Serralves, João Fernandes, os destaques da edição deste ano vão, a nível musical, para o projecto “Mountains of Madness” (na foto) da banda de cabaré britânica Tiger Lillies – já nomeados para um Grammy em colaboração com o Kronos Quartet – em conjunto com o músico alemão, Alexander Hacke, membro da banda de industrial Einstürzende Neubauten, que vão actuar às 23h de dia 4.

No que toca ao jazz, a Italian Instabile Orchestra é outro dos eventos de relevo deste “Serralves em Festa”, segundo João Fernandes. O responsável avisa que, para além do concerto que vai ter lugar no prado do Parque, os violoncelistas desta Big Band “vão dinamizar vários momentos do programa”.

A japonesa Haco, da banda After Dinner, e o projecto Lisbon Improvisation Players versus Micro Audio Waves com Edgar Pêra são os outros concertos destacados por João Fernandes.

A nível de artes performativas, o director do Museu realça a colaboração entre Boris Charmatz e Dimitri Chamblas, tal como a presença do grupo acrobático de Tânger, TAOUB, e do espectáculo “Le Chariot” de Mathieu Levavasseur.

Os “Viajeros”, uma proposta do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, vão ser um dos espectáculos “circulantes” da festa, que “surpreenderá em momentos inusitados”, afirmou João Fernandes.

Para além dos eventos “tudo mais será o que as pessoas fizerem dos espaços”, referiu o director do Museu.

Tiago Dias
Foto: DR