O Governo aprovou hoje, quinta-feira, em Conselho de Ministros, o Plano Nacional de Leitura (PNL), que pretende aumentar o número de leitores em Portugal.

Entre as estratégias do plano, coordenado pelo Ministério da Educação, para promover o “desenvolvimento de competências nos domínios da leitura e da escrita” e o “alargamento e aprofundamento dos hábitos de leitura, designadamente entre a população escolar”, estão acções de formação, campanhas de promoção da leitura (nas escolas, famílias e nas bibliotecas públicas), afirma o Conselho de Ministros em comunicado.

A produção de programas para televisão e rádio “centrados no livro e na leitura”, a sensibilização da opinião pública pela comunicação social e o “apoio a ‘blogs’ e ‘chat-rooms'” sobre este tema estão entre as principais acções do plano. Serão ainda feitos inquéritos aos hábitos de leituras dos portugueses.

Citada pela Lusa, a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, apelou hoje, na apresentação do PNL, à participação dos portugueses no plano, considerando-o uma prioridade “transversal a toda a sociedade”.

O plano foi apresentado, na Biblioteca do Palácio da Ajuda, em Lisboa, em conjunto com os responsáveis pelas pastas da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e o dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.

Ler, afirmou Pires de Lima, “é sinónimo de poder, entendido como chave-mestra para abrir portas e caminhos e um poder que nos torna cidadãos mais completos e participativos”.

O plano tem uma duração de 10 anos. Nos primeiros cinco anos, os jovens são o enfoque do PNL com a objectivo de incentivar o gosto pela leitura muito cedo.

Pedro Rios
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Fotos: Rita Pinheiro Braga/Arquivo JPN