54% dos portugueses não têm conhecimentos básicos de informática, 9% têm noções e 21% têm bons conhecimentos sobre como utilizar um computador. Os dados resultam dum estudo [PDF] relativo a 2005, da responsabilidade do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), o Eurostat.

Entre os 17 Estados-membros da UE sondados no inquérito sobre a sociedade da informação, Portugal é um dos países com a taxa mais elevada de “analfabetismo informático”, depois da Grécia (65%), Itália (59%), Hungria (57%) e Chipre (54%). No extremo oposto, está a Dinamarca (10%), a Suécia (11%). A média comunitária de “alfabetização informática” situa-se nos 37%.

Estudantes portugueses lideram a nível europeu

Apenas 1% dos alunos portugueses não têm quaisquer conhecimentos básicos de como utilizar um computador. 65% dos estudantes têm elevados conhecimentos informáticos, uma das médias mais altas dos Estados-membros, antecedida pela Eslovénia (73%), Áustria e Luxemburgo (ambos com uma média de 67%).

O estudo, que se baseou em competências informáticas como o uso do rato no lançamento de programas, a navegação na Internet, a cópia de ficheiros ou a utilização de fórmulas em folhas de cálculo, conclui que o nível de conhecimentos informáticos varia em função da idade e da instrução.

Em Portugal, a faixa etária dos 25 aos 54 anos regista dos piores resultados de “analfabetismo informático” (49%), contra 23% com elevados conhecimentos. Entre os 16 e os 24 anos, os portugueses registam mais competências na área (48%), em oposição aos 13% com nenhuns conhecimentos. Entre os desempregados, mais de metade (57%) são “iletrados informáticos”.

Carina Branco
Foto: Morguefile