4.700 estudantes, entre os 10 e os 18 anos, vão conhecer, a partir de hoje, terça-feira, as 14 faculdades e os 60 centros de investigação da Universidade do Porto (UP). A iniciativa chama-se “Universidade Júnior” (UJr) e pretende ajudar os estudantes na sua orientação profissional. “É uma iniciativa muito importante porque os alunos ou confirmam a sua vocação ou procuram outro curso”, explica ao JPN Fátima Vieira, da direcção da UJr.

Para muitos, trata-se do primeiro contacto com o ensino superior. Foram preparadas 87 actividades diferentes, distribuídas por programas com a duração de uma semana. Os alunos serão acompanhados por 250 monitores, eles próprios estudantes ou recém-licenciados da UP.

Para o 5º e 6º anos, a Universidade Junior propõe o programa “Experimenta no Verão”, em que os alunos fazem experiências em diferentes áreas científicas. As “Oficinas de Verão”, destinadas ao 7º e 8º anos, visam a realização de pequenos projectos de trabalho. Para os alunos mais velhos, do 9º ao 11º ano, está reservado o “Verão e Projecto” que passa pela realização de um projecto científico.

Há ainda a “Escola de Línguas”, onde todos os alunos poderão aprender, durante duas semanas, alemão, espanhol, francês e inglês.

Para Setembro ficam reservadas a “Escola de Física”, destinada aos 10º e 11º anos, e a “Escola de Ciências da Vida e da Saúde”, apenas para os melhores alunos do 11º ano. “A UP afirma a convicção de captar os melhores alunos do país. Por isso, damos 88 bolsas aos melhores, que serão distribuídos por 22 laboratórios”, descreve Fátima Vieira. No final, os alunos poderão apresentar uma comunicação dos seus projectos num congresso da UP, a 8 de Setembro.

O programa, que se realiza pelo segundo ano consecutivo, quer dar a conhecer a vida académica da universidade e dar uma perspectiva sobre “morar no Porto” aos alunos de fora, explica, ainda, Fátima Vieira. “A Universidade Júnior recebe não só alunos residentes no Porto, mas de todo o país (incluindo Madeira e Açores) e jovens luso-descendentes de França e Macau”, completa.

Texto e foto: Carina Branco