Beatriz Nora é de Coimbra e terminou agora o 11º ano. Esta semana está no Porto e é uma das participantes da Universidade Júnior (Ujr). “Decidi vir porque é uma oportunidade única de saber como é o ambiente universitário no Porto e porque me permite conhecer o curso que me despertou mais interesse”, explica a aluna ao JPN.

4.700 alunos, do quinto ao 11º ano percorrem, esta semana, as 14 faculdades e os 60 centros de investigação da Universidade do Porto (UP). Trata-se de “uma iniciativa muito importante porque os alunos ou confirmam a sua vocação ou procuram outro curso”, explica ao JPN Fátima Vieira, da UJr.

Estudantes, recém-licenciados e investigadores das diferentes faculdades desempenham o papel de monitores e acompanham os alunos em permanência. Cátia Graça é recém-licenciada em Inglês-Alemão, pela Faculdade de Letras. Este mês será monitora de alemão, do programa “Escola de Línguas”. “Sempre quis ser professora. Por um lado, este ambiente lúdico dá-me oportunidade de ter uma relação mais afectiva com os alunos. Por outro, a experiência profissional é muito importante”, conta.

Em conjunto com outros colegas recém-licenciados, Cátia Graça prepara as aulas sobre “as coisas mais elementares de uma língua: os números ou as cores”, diz. A futura professora conta que “há dias com actividades mais lúdicas, como fazer uma receita típica alemã ou um torneio de futebol, na altura em que o campeonato do mundo se realiza na Alemanha”.

O melhor, descreve, é que “os meninos parecem umas esponjas: absorvem tudo e querem aprender sempre mais”. É o caso de Joana Teixeira, da Maia. A aluna, de 12 anos, já frequentou a Universidade Júnior no ano passado e agora inscreveu-se em vários cursos, desde alemão a oficinas de ciência. “Espero que sejam duas semanas divertidas e que sirvam para aprender mais”, diz.

Em várias faculdades e centros de investigação da UP vê-se o cartaz da Universidade Sénior. Farmácia não é excepção. Filipa Grosso, investigadora e licenciada em Ciências Farmacêuticas, é a monitora que recebe os estudantes interessados em microbiologia experimental. “Temos de nos adaptar ao que eles conhecem. A microbiologia implica que eles já tenham determinadas noções e, como são de anos diferentes, há uns que já têm conhecimentos e outros não”, indica.

A seguir as orientações da monitora de Farmácia está Mafalda Cerqueira. Vem de Viana do Castelo e quer “seguir ciências farmacêuticas”. Por isso, participa na Universidade Júnior. “Para além de saber o que é o curso, acabo por ter férias mais divertidas”.

Durante os meses de Julho e Setembro, a UP recebe “alunos de todo o país (incluindo Madeira e Açores) e jovens luso-descendentes de França e Macau”, explica Fátima Vieira.

Texto e foto: Carina Branco