Arthur Lee, vocalista dos Love, uma das maiores bandas rock dos anos 60, faleceu, em Memphis, vítima de leucemia. Aos 61 anos, Lee perdeu a batalha com a doença que lhe foi diagnosticada este ano. Morreu ontem, quinta-feira, com a esposa Diane ao seu lado, anunciou hoje o seu manager, Mark Linn.

“A morte dele foi um choque para mim porque o Arthur tinha uma capacidade fora do vulgar para recuperar de qualquer coisa e a leucemia não era excepção”, disse o manager à Reuters. “Ele estava confiante que regressaria aos palcos no Outono”.

O “primeiro auto-intitulado hippie negro” liderou a primeira banda rock multiracial dos anos 60. Os Love, de Los Angeles, assinaram discos fundamentais como “Forever Changes” (1968). Esse disco, onde cabe folk, blues, “psicadelia” e mais géneros, levou mais longe as explorações dos dois discos anteriores e foi considerado o segundo melhor disco psicadélico de todos os tempos pela revista “Mojo”.

Depois do fim do grupo, Arthur Lee ainda embarcaria em algumas digressões onde reviu os clássicos dos Love. Esteve preso durante seis anos, nos anos 90, por disparar tiros ao ar, uma das várias excentricidades que caracterizaram o seu percurso.

Pedro Rios
[email protected]
Foto: DR