O Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UP) vai começar a acolher empresas a partir de Janeiro de 2007. A garantia foi dada ao JPN pelo vice-reitor da UP, Jorge Gonçalves, que adiantou que o projecto deverá estar totalmente concluído em “cinco ou seis anos”.

No início do próximo ano, as empresas vão ser instaladas num dos edifícios da UP no pólo da Asprela. Na mesma zona vão nascer novos edifícios, cujas obras, segundo o vice-reitor, deverão começar a partir do próximo ano.

Com um investimento na ordem dos “20/25 milhões de euros”, o Parque Tecnológico envolverá um conjunto de infra-estruturas onde a UP pretende instalar as “spin-off” (empresas que aplicam no mercado de trabalho o conhecimento resultante da investigação científica e tecnológica).

“O Parque Tecnológico vai servir para explorar o potencial tecnológico que a universidade está a desenvolver”, explica Jorge Gonçalves. É o caso da Faculdade de Engenharia e da Escola de Gestão do Porto, que têm criado novas empresas mas que “precisam de um espaço próprio para trabalhar”.

O equipamento não vai ser ocupado apenas pelas empresas criadas na universidade. “Esperamos contar com a participação de outras empresas, com experiência, que nos podem ajudar nesta infra-estrutura”, afirma o vice-reitor.

Universidade quer consolidar-se no mercado

A UP pretende que o Parque Tecnológico abra um caminho para a afirmação da academia no mercado da investigação. “O que estamos a fazer é tentar concorrer neste mercado concorrencial para atrair as empresas e os jovens e, assim, dar uma nova aplicabilidade aos resultados que a universidade tem conseguido nesta área”, diz Jorge Gonçalves.

O Parque Tecnológico é “uma consequência da alteração de mentalidades que está a decorrer na UP”, onde se verifica “uma postura diferente das novas gerações de alunos interessadas nas novas tecnologias”, observa o vice-reitor.

João Queiroz
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Foto: FEUP