Os trabalhadores da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) decidiram, esta manhã, em plenário, avançar para uma nova greve nos dias 22, 23 e 24 de Setembro, se até lá o Conselho de Administração não desbloquear o processo negocial relativo à revisão do acordo de empresa para 2006. Cada trabalhador fará apenas duas ou três horas de greve, para poupar utentes e operários.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte, Manuel Alves, afirmou ao JPN que a paralisação desta manhã envolveu cerca de 80% dos trabalhadores da STCP. O dirigente criticou a falta de transportes entre os vários postos de trabalho, sinal de que o “Conselho de Administração tentou dificultar” o plenário.

“A greve teve consequências drásticas. O trânsito tornou-se caótico. Lamentamos, mas não tivemos outra solução”, disse Manuel Alves.

Do lado da STCP, os números da adesão ao protesto são menores. Fonte oficial da empresa disse ao Diário Digital que o serviço esteve a funcionar a 50%.

Os trabalhadores responsabilizam a administração da STCP de ser a única responsável pelo impasse na negociação do acordo de empresa para 2006 e acusam-na de insistir na desregulamentação automática de algumas matérias do documento.

Pedro Rios
[email protected]
Foto: CMP