A esperança continua viva para o FC Porto e para o Benfica. As vitórias que alcançaram hoje, quarta-feira, permitem às duas equipas manter-se na corrida pela qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Aliás, os azuis e brancos já garantiram, pelo menos, o terceiro lugar e, assim, a continuidade nas provas europeias.

Na Alemanha, o FC Porto derrotou o Hamburgo por 1-3 e igualou no grupo G o Arsenal, que não foi além de um empate com o CSKA de Moscovo. Com Bosingwa na direita e Fucile no lugar de Cech, os “dragões” foram quase sempre superiores aos alemães que voltaram a revelar grande inexperiência para jogar naquela que se diz ser a montra do futebol europeu.

Se Postiga e depois Raul Meireles estiveram perto de marcar, foi Lucho quem deu o mote para a vitória mesmo a acabar a primeira parte: Quaresma cruza para a área, o defesa alemão corta a bola que vai ter com o capitão portista que, bem longe da área, dispara de primeira, arrancando um remate espectacular. Um golo fabuloso de “El Comandante” numa altura em que o Hamburgo dava mostras de querer “pegar” no jogo.

Na segunda parte, o filme não foi muito diferente do da primeira. Os portistas controlavam os acontecimentos e os alemães revelavam-se incapazes de reagir. E foi sem grande surpresa que Lisandro Lopez, assistido por Quaresma, dilatou a vantagem que rapidamente foi reduzida por Van der Vaart.

Os alemães ainda viram a barra negar-lhes a igualdade, mas o FC Porto voltou a mandar no jogo, conseguindo mesmo aumentar a contagem através de um bonito golo de Bruno Moraes. Uma vitória justa dos portistas, que na próxima jornada visitam o CSKA num jogo que pode ajudar a resolver algumas contas do grupo G.

Benfica vinga-se da derrota em Glasgow

Cá se fazem, cá se pagam. No Estádio da Luz, o Benfica derrotou o Celtic por 3-0, o mesmo resultado com que na jornada passada os escoceses venceram os encarnados, e conquistou os primeiros três pontos na Liga dos Campeões.

Tal como era esperado, Fernando Santos apenas trocou Miccoli por Kinkin Fonseca. A influência do italiano é evidente na equipa encarnada que aos vinte minutos já vencia por 2-0: primeiro, o defesa escocês Gary Caldwel marcou na própria baliza e logo depois o mesmo Caldwel ofereceu a Nuno Gomes o segundo golo do jogo.

Foram 20 minutos em que só deu Benfica a que se seguiu uma reacção dos escoceses que levaram por duas ocasiões o perigo à baliza de Quim. Antes, Miccoli esteve à beira de festejar o terceiro, mas a bola saiu rente ao poste.

No segundo tempo, os encarnados continuaram a controlar a partida que só ganhou algum interesse a partir dos 25 minutos. E foi o Celtic que deu um pontapé no ritmo sonolento do jogo quando Pearson obrigou Quim a opor-se a um remate tão esquisito quanto perigoso.

O Benfica não tremeu e 10 minutos depois chegou ao terceiro golo numa bela jogada colectiva concluída por Karyaka, que entrara para o lugar de Miccoli.

Um triunfo que permite aos benfiquistas acalentarem a esperança de se qualificarem num grupo cujas contas estão longe de estar feitas principalmente depois da vitória do FC Copenhaga sobre o Manchester por 1-0.

João Queiroz
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