A primeira edição da “Águas Furtadas” foi concebida por estudantes de Letras, em 1999. “A revista foi criada por estudantes, pessoas aqui do Jornal Universitário do Porto (JUP), com o intuito de divulgar novos autores, muitos dos quais eram estudantes”, explica a directora literária da “Águas Furtadas”, Luísa Marinho.

A publicação, que vai para a décima edição, é distribuida a nível nacional, desde o número seis, e é procurada não só por alunos da Universidade do Porto (UP) mas também por estudantes de outras partes do país.

“Existem duas maneiras de colaborar na revista: se conhecemos alguém interessante, convidamos essa pessoa a fazer alguma coisa; também recebemos propostas espontâneas de quem queira participar. Depois há uma selecção rigorosa”, explica Luísa Marinho.

Um dos objectivos fundamentais da “Águas Furtadas” continua a ser divulgar novos trabalhos. “Pretendemos fomentar a criação e a interpretação entre os jovens”, sublinha o director musical, Pedro Maia.

“Procuramos autores novos, que tenham alguma coisa para dizer. Não é propriamente a questão de serem muito originais. É ter algo que se destaca. Nomes que possam ter algum futuro”, refere Luísa Marinho.

No que toca às artes plásticas, participam muitos alunos da Faculdade de Belas-Artes da UP. Muitos estudantes de música também colaboram. “Isto é bom para os alunos começarem a divulgar o seu trabalho e aparecerem em público”, diz.

A revista tem conseguido bons resultados nas vendas. O preço de capa é 12 euros, mas a assinatura anual para estudantes custa 12,50 euros e engloba as duas edições. A assinatura normal custa 20 euros.

Texto e foto: Alice Barcellos
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