O presidente adjunto da direcção cessante da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Pedro Soares, venceu as eleições para a liderança da instituição com uma vantagem expressiva sobre o adversário, Hugo Lopes. Pedro Soares, da lista A, conquistou 75,5% dos votos, contra os 18% da lista B. O mandato de um ano começa a 13 de Janeiro.

“É um resultado que nos deixa com uma grande responsabilidade”, afirma ao JPN Pedro Soares, estudante de Biologia Aplicada. A maioria é uma “prova de confiança e um reconhecimento do trabalho feito” pela direcção de Roque Teixeira, que liderou os destinos da associação durante dois mandatos. Só 2.633 dos cerca de 15 mil associados participaram no escrutínio.

“Continuar a inovar, indo de encontro aos interesses dos alunos e com grande responsabilidade” é o objectivo da candidatura vencedora. Apesar de se tratar de uma direcção de continuidade, Pedro Soares, o décimo presidente na história da AAUM, destaca a participação de “muitas pessoas novas” na sua lista, o que constitui uma “renovação”.

Cursos complementares

Para além da dinamização da vida cultural e desportiva na academia minhota, a nova direcção quer facilitar a inserção dos alunos no mercado de trabalho. Para tal, vão ser implementados cursos de formação complementar, em áreas como a gestão de tempo, técnicas de trabalho em equipa e informática.

Pedro Soares propõe que as competências adquiridas nestes cursos sejam convertidas em unidades de crédito ECTS, à luz da Declaração de Bolonha, o que exige um diálogo com a reitoria da Universidade do Minho. O novo presidente explica ainda que estas formações poderiam ser formais ou não formais, aproveitando as “boas práticas” de outros países.

A “desresponsabilização do Estado perante o ensino superior”, nomeadamente nos cortes nas verbas destinadas às instituições, e o financiamento do segundo ciclo quando ele é essencial à empregabilidade serão temas fortes da direcção eleita no que toca à política educativa.

Pedro Rios
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Foto: DR