A jornada europeia terminou da melhor forma para as duas equipas portuguesas presentes na Taça UEFA. A jogar fora de casa e mesmo sem precisarem de vencer, Benfica e Sporting de Braga triunfaram na Roménia e em Itália, respectivamente, e carimbaram o passaporte para os oitavos-de-final da competição.

Na capital romena, o Benfica até começou a perder logo aos 21 minutos, mas conseguiu a reviravolta no marcador após o intervalo. Com Derlei no lugar de Nuno Gomes, os encarnados mostraram duas faces distintas: uma pobre no primeiro tempo, outra com mais brilho no segundo.

O jogo até nem começou mal para os comandos de Fernando Santos que, em contra-ataque, criaram por duas vezes algum perigo na área adversária, fruto de algum nervosismo da defesa do Dínamo de Bucareste.

Todavia, o nervosismo dos homens da casa rapidamente se dissipou e a equipa que lidera a liga romena conseguiu encostar os encarnados à sua área. E foi sem grande surpresa que o Dínamo chegou à vantagem por intermédio de Monteanu.

A equipa da Luz intranquilizou-se, falhando muitos passes, e só perto do intervalo é que conseguiu “gelar” os incansáveis adeptos romenos: primeiro Derlei, depois Simão e ainda Katsouranis não conseguiram bater Lobont.

Na segunda parte, tudo mudou. Ao contrário da primeira, o Benfica entrou a mandar no jogo e controlou-o até ao fim. Logo aos cinco minutos, Anderson desfez a igualdade na eliminatória.

O Dínamo ainda tentou esboçar alguma reaçcão, sobretudo através de remates de fora da área. Foi, no entanto, o Benfica a chegar ao golo, novamente de cabeça, mas desta vez por Katsouranis. A eliminatória acabou aí. Segue-se o Paris Saint Germain.

Diego resolveu no último minuto

No Ennio Tardini, em Parma, o Sporting de Braga teve que sofrer para fazer história e alcançar os oitavos-de-final da UEFA. O herói dá pelo nome de Diego Costa. O jovem avançado brasileiro sentenciou a eliminatória no último minuto da partida ao responder da melhor forma a um cruzamento de Luís Filipe.

O Parma, com Fernando Couto a titular, entrou a querer mandar no jogo, mas pela frente encontrou um conjunto bracarense bem organizado e que soube aguentar a pressão parmesã.

Na segunda metade do encontro, os italianos remataram mais, criaram mais perigo, muito por culpa das substituições operadas pelo treinador Claudio Ranieri. O “pecado” italiano era mesmo a finalização.

As coisas coisas complicaram-se para Jorge Costa, que se estreou no comando técnico bracarense, quando Frechaut foi expulso a um quarto de hora do fim. No entanto, o Parma continuava perdulário na hora do remate. Algo que não aconteceu a Diego, já nos instantes finais. O Tottenham vem aí.

João Queiroz
[email protected]