Perto do encerramento de mais uma edição do Fantasporto, a organização faz um balanço positivo do festival. Beatriz Pacheco Pereira, directora do Fantasporto, em entrevista ao JPN, destaca o acolhimento da programação e a boa coordenação do evento. “Todos os filmes e convidados vieram. Esteve cá a maioria dos realizadores”, salienta.
Como sempre, cada edição tem figuras ou filmes que marcam. A nível pessoal, a directora do “Fantas” sente-se “honrada com a presença de Henry C. Thomas”, o miúdo do “ET” de Spielberg. Em relação aos filmes, destaca “O Labirinto do Fauno”, de Guillermo del Toro, e o sul-coreano “Time”, do realizador Kim Ki-Duk. Beatriz Pacheco Pereira referiu ainda “a excelente presença espanhola e a fortíssima presença do original cinema asiático”.
Em termos de público, o festival teve um aumento na afluência entre 10 e 12% em relação à edição do ano passado. “É um crescimento brutal”, afirma Beatriz Pacheco Pereira, que enfatiza ainda o facto do Fantasporto ter utilizado apenas o Rivoli. Sem contar com o fim-de-semana (altura de grande afluência), já passaram pelo “Fantas” cerca de 80 mil espectadores.
Com o tema “Super-Heróis da Banda Desenhada à Sétima Arte”, a directora do festival afirma que se procurou homenagear o cinema de aventura, que “neste momento não é bem visto”, e os heróis que tem produzido. Houve ainda lugar para a homenagem aos 25 anos de filmes fantásticos de referência: “E.T. – “O Extreterrestre” e “Blade Runner”.
Para os últimos dias, Beatriz Pecheco Pereira considera imprescindível a “última sessão de sábado (“The Fountain”, de Darren Aronofsky) e toda a programação de domingo.
Rivoli quase garantido para 2008
A responsável adiantou ainda ao JPN que “há uma garantia quase total” do espaço do Rivoli para a edição de 2008. “Todas as candidaturas à concessão do Rivoli prevêem o Fantasporto”, salienta. Recorde-se que com a decisão da Câmara do Porto de entregar a concessão do teatro a privados a autarquia ficou com direito a 60 dias de programação por ano.
Criado em 1981 como Mostra de Cinema Fantástico e “promovido” em 1993 o Festival Internacional de Cinema Fantástico do Porto, o “Fantas” é considerado um dos mais importantes do mundo e encontra-se no topo dos de temática fantástica.
