Dentro de cinco anos, mais de 360 mil habitantes do Porto vão poder aceder a serviços de comunicação de “nova geração” com uma qualidade superior e a um custo menor. Este é um dos grandes objectivos associados ao projecto de implementação de uma rede de fibra óptica na cidade, apresentado esta quinta-feira, no Planetário do Porto.

O projecto prevê um investimento de cerca de 80 milhões de euros. “Um dos objectivos será disponibilizar o sinal de televisão e acessos mínimos a catorze bairros sociais, vamos ter um canal chamado ‘Corporate TV’ com conteúdos fornecidos pela Associação Porto Digital, pela Câmara do Porto, pela Universidade do Porto e pela Associação empresarial de Portugal”, explica Alexandre Reis, da DST.

Até 2014, a rede de fibra óptica deverá servir cerca de 99% da Invicta, estando ainda prevista a ligação de todos os estabelecimentos de ensino público e privado. “Um investimento destes vai ter uma dimensão de produção de valor maior do que o TGV, isto é uma coisa bombástica. Quando começar a chegar a casa das pessoas e elas se confrontarem com a diferença vamos ter mais qualidade por um menor preço”, refere José Teixeira, também da DST.

“Factor de competitividade

O presidente da Câmara do Porto (CMP) não esteve presente na apresentação do projecto. No entanto, foi transmitida uma declaração onde Rui Rio referiu acreditar que a iniciativa trará “uma maior competitividade à cidade”.

Ainda assim, Rui Rio duvida que, pelo menos a curto prazo, a população reconheça o alcance do investimento: “Quantas pessoas vão perceber a dimensão do que estamos a fazer? Muito poucas”, atirou o autarca.

Durante a cerimónia de apresentação do projecto, Alexandre Reis, da DST, garantiu ainda que o sistema de implementação da nova rede de fibra óptica não vai modificar o dia-a-dia da população. “Queremos usar tecnologia que não interfira nas situações de trânsito e que cause o mínimo de transtorno para as pessoas e para os condutores”, antecipou.

Já Vladimiro Feliz, vereador da Educação, Juventude e Inovação da CMP, rematou a apresentação do projecto afirmando estar-se perante “uma rede de todos para todos, uma rede que não é propriedade específica de ninguém.”