A marca Favaios já conquistou os portuenses. Os digestivos da Adega Cooperativa de Favaios representam cerca de 44% das vendas do mercado de aperitivos na zona do Grande Porto, ultrapassando a marca rival, a italiana Martini-Bacardi, com 36% de quota.

A Adega Cooperativa de Favaios foi criada em 1952 e é a responsável pela produção do Moscatel-Favaios e dos famosos Favaítos, as garrafas em miniatura do moscatel. Em 2008, os lucros da empresa rondaram os 15 milhões de euros e o Favaíto foi responsável por 40% da facturação final. Jorge Gradim, director comercial da Adega, explica que “o Favaio é um produto 100% natural”, sendo que esse é o segredo para o sucesso da marca.

Se no Porto quem reina é o Favaíto, no resto do país a situação ganha contornos distintos. Segundo dados da AC Nielsen, na zona de Lisboa o líder é o Martini. A marca italiana assegura 45% da venda de digestivos, enquanto que os Favaítos representam uma quota de 24%. Também na zona litoral Norte, exceptuando o Grande Porto, a realidade é a mesma. A Martini alcança uma quota de 72% de vendas no mercado dos aperitivos, ultrapassando largamente os 24% dos Favaítos.

A “moda” dos Favaítos

Todos os anos são vendidos 26 milhões de Favaítos. Em 2007, o recorde foi ultrapassado e a empresa vendeu mais de 28 milhões de garrafas. Jorge Gradim não acredita que seja uma “moda”, mas sim que signifique um impulso para um maior crescimento da empresa “em algumas zonas do país”.

Entretanto, a marca já está de olhos postos na internacionalização do produto. Jorge Gradim afirma que o principal mercado é a Europa, sobretudo a “Alemanha, a França, o Luxemburgo e a Suíça”. A Adeda Cooperativa já exporta para os Estados Unidos da América e para Angola.

Este ano, a empresa espera vender 28 milhões de Favaítos. Ao JPN, Jorge Gradim salienta que, no primeiro trimestre de 2009, já foram vendidas cinco milhões de garrafas.