Nos Estados Unidos iniciou-se há pouco uma polémica em torno dos Google Glass e da falta de privacidade que esta nova tecnologia proporciona aos que se encontram do outro lado das lentes. O dono de um bar nos Estados Unidos resolveu proibir a entrada de pessoas usando os óculos futuristas no seu estabelecimento – ainda antes do produto entrar no mercado, que está previsto acontecer só no final deste ano.

Mas também há quem apoie os óculos futuristas

O grupo americano especializado em alimentos ConAgra Foods, que detém marcas populares como a Healthy Choice e Marie Callender, trabalhou em conjunto com a Google, criando um vídeo que ilustra como os consumidores podem usar o Google Glass para fazer as suas compras. O vídeo mostra duas mulheres que usam os “óculos inteligentes” para fazer listas de compras de supermercado e para ter acesso à informação nutricional sem ter que virar a etiqueta dos produtos, por exemplo.

O bar “The 5 Point” anunciou, através das rede sociais, que a proibição pode levar à expulsão de quem não obedecer a estas regras. O proprietário do estabelecimento teme pela privacidade do local e dos clientes, já que através dos Google Glass seria possível gravar vídeos sem que os frequentadores percebessem e, de seguida, publicá-los na internet.

Invasão de privacidade no centro das polémicas da empresa

Entretanto, a Google foi também multada em 7 milhões de dólares, em consequência de uma queixa relacionada com o mesmo tema: a invasão de privacidade. A decisão veio resolver um processo legal sobre recolha indevida de informação privada e envolve a indemnização de 38 estados americanos e do distrito de Columbia.

Em causa estão endereços de e-mail, palavras-passe e históricos de navegação, recolhidos durante um processo mapeamento, ente 2008 e 2010, para o Google Street View. Os carros utilizados para recolher as imagens com vistas de rua, procediam também ao registo dos dados das redes de Internet domésticas que iam captando.

A empresa recusa ter violado qualquer preceito legal mas considerou, no acordo desta terça-feira, a possibilidade de destruir a informação recolhida. O serviço de Google Street View está associado ao Google Maps e ao Google Earth.