De acordo com dados divulgados pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e pela Universidade de Alto Douro e Trás-os-Montes (UTAD), desde o início do atual bloco financeiro já foram aprovados, para as nove universidades, fundos que rondam os 210 milhões de euros. A Universidade do Porto (UP) é a que leva o mealheiro mais pesado, tendo recebido, só para infraestruturas científicas e tecnológicas, 50 milhões de euros do programa ON.2 – Programa Operacional Regional do Norte.
Acordo a Norte e no centro dos problemas
As academias do Minho, Porto e Trás-os-Montes vão assinar um memorando de entendimento para coordenar entre si desafios comuns, como a oferta educativa, a sobreposição de cursos e a atração de estudantes e investigadores estrangeiros. As três maiores instituições de Ensino Superior do Norte somam cerca de 57 mil alunos e pretendem com este acordo aproximarem-se da futura criação de uma espécie de Universidade do Norte. O acordo entre as Universidades do Minho, do Porto e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) deverá ser assinado nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), liderada por Emídio Gomes.
Os lugares no pódio seguiram as coordenadas do mapa e a segunda universidade a receber mais dinheiro foi a Universidade de Aveiro. O programa Mais Centro conseguiu colocar as contas menos no centro das atenções, ao enviar para a UA 31 milhões de euros, para Coimbra 21 milhões e ao atribuir, para a Beira interior, 8,8 milhões de euros.
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, apesar de abranger a região mais pobre, foi das que menos dinheiro obteve, recebendo cerca de dois milhões de euros dos programas de financiamento. Do In Alentejo para a Universidade de Évora saíram 10,7 milhões de euros e o Algarve 21 aprovou mais de cinco milhões de euros para projetos públicos e privados na universidade mais a sul do país.
Porto não vai precisar de fazer “mais por menos”, mas justifica porquê
A reitoria da Universidade do Porto explicou que a obtenção de fundos europeus ocorreu em regime de concurso público, com candidaturas avaliadas por júris independentes. Os financiamentos foram canalizados para o edifício do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S) e para a UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Uniuversidade do Porto. No total, a UP recebeu 71.276 milhões de euros e é, sem margem para dúvidas, a que mais viu dinheiro aprovado em Portugal.