Arrancou hoje, quarta-feira (5), mais uma edição do Encontro de Investigação Jovem da Universidade do Porto (IJUP). O congresso teve início às 09h00 e vai decorrer até sexta-feira, dia 7 de maio, integralmente à distância, através da plataforma online Zoom.

O encontro reúne 636 trabalhos de estudantes de licenciatura e mestrado integrado da Universidade do Porto. De entre os projetos de investigação, dos mais diversos campos do conhecimento, o maior número de projetos corresponde as áreas da biologia, ciências sociais e humanidades e química.

Ao longo dos três dias, mais de 90 sessões vão decorrer em paralelo, conforme as áreas científicas. As apresentações orais dos estudantes serão realizadas em inglês, durante um período de 10 minutos, seguido de um espaço para análise e debate.

O programa do IJUP de 2021 pode ser consultado mediante registo prévio online no site do evento. Para além de inscrições ilimitadas de acesso para as apresentações online, na plataforma também estão disponíveis os e-posters dos trabalhos.

Entre os vários projetos de investigação que vão ser apresentados no evento, os estudantes debruçaram-se sobre temáticas como o impacto da Covid-19 na saúde mental dos atletas de alta competição, o financiamento do terrorismo ou a utilização de criptomoedas na lavagem de dinheiro.

Online viabilizou realização do evento

Em 2020, o evento anual realizou- se como é costume, de modo presencial e no início do segundo semestre letivo. Face às restrições impostas este ano, a mudança para o modelo online tornou-se necessária, de modo a garantir a realização da iniciativa, apontada como “pioneira em Portugal” e “fundamental na promoção da investigação no percurso académico”, afirma fonte oficial da UP ao JPN.

Numa edição que bateu o recorde de participação, a instituição ressalva ao JPN que a “aposta online, veio encurtar distâncias e possivelmente, potenciar a participação”, funcionando como um “impulso” para a promoção da “integração dos estudantes nos centros de investigação, mas também para ajudar muitos jovens estudantes a descobrir, na investigação, o futuro da sua carreira.”

O estudante brasileiro Pedro Toscano, é um dos participantes deste primeiro dia de apresentações, no qual irá apresentar o seu estudo de caso sobre a “representação mediática da classe trabalhadora brasileira”, desenvolvido na disciplina de Teoria da Imagem, do curso de Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (de que o JPN faz parte).

Em declarações ao JPN, o estudante em período de mobilidade, apontou a sua participação no programa como uma “oportunidade de ver outras realidades de pesquisa, ver outros temas, poder compartilhar saberes. É uma oportunidade de mostrar o trabalho para um público qualificado e mais diverso.”

Apesar de caracterizar o formato online como menos desafiador e lamentar a falta do contacto presencial com outros estudantes e professores, Pedro Toscano reforça que o congresso é uma “oportunidade de ver um ambiente mais internacional de pesquisa e compartilhar saberes.”

Artigo editado por Filipa Silva