O mercado mundial de drogas rende aproximadamente 320 mil milhões de euros por ano, mais do que a riqueza produzida em quase 90% dos países. Actualmente, existem 200 milhões de consumidores. Os números foram divulgados hoje, quarta-feira, e constam do relatório anual da Agência das Nações Unidas para o Controlo da Droga e Prevenção do Crime (ONUDC).
Pela primeira vez, é apresentado um cálculo da dimensão financeira do mercado de drogas ilícitas a nível mundial. Segundo o relatório, o lucro de 320 mil milhões de euros equivale a um gasto anual de 42 euros por pessoa.
Cerca de 200 milhões de pessoas consomem drogas, o que corresponde a quase 5% da população mundial entre os 15 e os 64 anos.
No ano passado registou-se um aumento substancial no consumo de drogas relativamente a 2003.
Actualmente, mais de 160 milhões de pessoas consomem estupefacientes, o que significa um aumento de 8% no espaço de um ano.
O consumo de opiáceos (ópio, heroína, morfina) também também registou um aumento, passando de 15 para quase 16 milhões de consumidores.
A heróina é outra das drogas que é cada vez mais consumida: há 700 mil novos consumidores, que se juntam aos 13 milhões de consumidores já contabilizados.
A fugir à tendência estão apenas as drogas sintécticas (anfetaminas, metanfetaminas e ecstasy), que registam um ligeiro decréscimo no número de consumidores, passando de 38 para 34 mil milhões de consumidores.
O maior mercado de drogas ilícitas encontra-se na América do Norte, onde acontecem 44% das vendas mundiais, seguido da Europa que detém 33% das transacções. No entanto, no que diz respeito ao volume de consumo de drogas por pessoa, a Oceania é a região do mundo onde os habitantes gastam mais dinheiro em drogas, com gastos superiores a 400 euros por pessoa, por ano.
África e Ásia são as regiões de mundo onde os habitantes gastam menos dinheiro em droga.
