A Queima das Fitas do Porto aposta no Jazz e no Cinema. Casa das Artes é o palco do evento organizado pela FAP.
O Quinteto de Pedro Guedes abriu ontem em grande o CineJazz da Queima das Fitas do Porto com o tema «QB». Apesar do reduzido número de pessoas na assistência, os aplausos encheram o auditório da Casa das Artes.
À margem das noites da Queima, o CineJazz pretende ser uma alternativa à confusão dos concertos que se prolongam pela madrugada. A organização é da Federação Académica do Porto (FAP), e a Casa das Artes, no Campo Alegre, foi o espaço escolhido para acolher este evento. Enquanto se aguarda pelo início do concerto, os olhos vagueiam pelo pequeno conjunto de fotografias exposto – ontem era o último dia da mostra.
Bernardo Pinto, um dos organizadores do CineJazz, disse ao JornalismoPortoNet (JPN) que a ideia de organizar este evento surgiu do objectivo de “levar o jazz aos estudantes”. Quanto aos filmes que vão ser exibidos, este membro da FAP confessou que “houve mais dificuldade por causa dos direitos de exibição”.
Auditório quase vazio
“O CineJazz já tem alguns anos”, esclarece o membro da FAP. Este ano a aposta no Jazz foi mais forte, mas a adesão do público parece ter ficado aquém das expectativas: a assistir ao concerto do Quinteto de Pedro Guedes estavam cerca de 15 pessoas. Ainda assim, Bernardo Pinto mostra-se confiante e acredita que nos próximos dias “vai ser melhor”. É que, a falta de afluência do público parece estar relacionada com coincidências que não foram previstas pela organização, como o desafio de futebol Benfica-Sporting. Além disso, ontem foi dia de benzer as pastas dos estudantes e também decorreu a imposição das insígnias, “o que por vezes se arrasta pela noite dentro”, explica Bernardo Pinto. Isto levou à alteração do horário do concerto, que estava previsto para as 18 horas e acabou por começar apenas às 19h30.
Estudantes trajados a rigor não encheram o auditório. Apenas Bernardo Pinto, da organização do evento, aplaudiu o Quinteto.
O ambiente proporcionado pela Casa das Artes é agradável a acolhedor, bem longe de toda a confusão do Queimódromo. Mas, em dias de festa, a euforia fala mais alto.
Quando e onde pode ver o CineJazz?
Bernardo Pinto fez questão de sublinhar que a escolha do horário de início das sessões do CineJazz – às 18 horas – foi feita exactamente para que os estudantes possam ir ver os espectáculos, pois é uma hora “acessível”. Mas as sessões estão abertas também ao público em geral, e decorrem na Casa das Artes, junto ao Campo Alegre.
O CineJazz encerra na sexta-feira, com o trio do contrabaixista Carlos Barretto.
Bernardo Pinto promete maior divulgação do CineJazz na próxima edição. Para o ano espera-se melhor mas, para já, vale a pena ficar atento ao cartaz:
Segunda, dia 3 – «O Melhor dos Marretas», de Jim Henson
Quarta, dia 5 – Café concerto
Quinta, dia 6 – «A Cidade de Deus», de Fernando Meirelles
Sexta, dia 7 – Concerto do Trio Carlos Barretto
