A abertura do CineJazz Queima 2004 ficou a cargo do Quinteto de Pedro Guedes, que mereceu aplausos efusivos por parte da assistência.

Eram cerca de 15 as pessoas que assistiram ao concerto. Apesar de poucas para um auditório com capacidade para cerca de 183, os aplausos à actuação do Quinteto de Pedro Guedes encheram a Casa das Artes. Este espaço foi cedido para a organização do evento, a cargo da Federação Académica do Porto (FAP).

O Quinteto “maravilha”

Pedro Guedes ao piano, Mário Santos no saxofone, Acácio Cardoso na bateria, Pedro Barreiros no contrabaixo e Nuno Ferreira na guitarra formam o quinteto que ontem encheu de Jazz a Casa das Artes. O grupo de Pedro Guedes fez a abertura da actuação com o tema «QB». Depois foi a vez de «Poinciana», seguido dos temas «FJP nº1» e «FJP nº2». O último tema teria sido «Super Dooper», com o solo de Acácio Cardoso na bateria a provocar fortes aplausos entre a assistência. Mas o público chamou o Quinteto de novo ao palco. Foi então que Pedro Guedes anunciou o tema que encerrou a actuação, «Entre as Margens». Uma vez mais, o público respondeu com uma salva de palmas que, essa sim, encheu todo o auditório da Casa das Artes. Ao saxofone, Mário Santos também mereceu aplausos efusivos quando tocou a solo.

Pedro Guedes disse ao JPN que não lhe interessa se estão poucas pessoas a assistir aos seus concertos ou se o auditório está cheio. “O que me interessa é que as pessoas estejam a gostar, e pareceu-me que as poucas pessoas que viram estavam a apreciar bastante”.

“Pouca divulgação”

O comentário surgiu no final da actuação do Quinteto, face a um auditório quase vazio. Outras pessoas comentavam ainda que os estudantes preferem os concertos “mais barulhentos”. No entanto, Bernardo Pinto, da organização do CineJazz, acredita que os estudantes que vão para o Queimódromo para os concertos das noites da Queima também vão assistir às sessões do CineJazz.

Vanessa não é estudante, mas foi uma das cerca de 15 pessoas que ouviram o Quinteto. Diz que “é preciso gostar-se muito de Jazz para vir ver um concerto”, e que “provavelmente não é uma coisa para toda a gente, só para alguns”. Vanessa acredita que no CineJazz “não vai haver aquelas enchentes nem a confusão que há nas noites da Queima das Fitas”.

Ana Correia Costa