A Rua de Santa Catarina na baixa portuense está mais segura. A PSP do Porto anunciou a diminuição dos furtos naquela rua em 34%. As detenções pela prática do mesmo crime aumentaram em 66%. Os dados apontam para uma maior segurança, resultado do aumento do policiamento na zona e a acção de agentes à civil.

A grande concentração de pessoas e turistas torna a rua apetecível aos pequenos furtos. No entanto, há comerciantes que apontam problemas que prejudicam mais o comércio, como os mendigos que pedem esmolas dentro dos estabelecimentos: “as pessoas quase que têm medo de sair quando eles ficam ali à porta. Muitas vezes vou à porta ver se encontro uma autoridade, mas se encontro um polícia, e isto já se passou algumas vezes, dizem-me que não podem fazer nada porque a mendicidade não é proibida. Mas não é mendicidade, é agressão”, diz Jorge Rodrigues, dono da Confeitaria Império.

Djean Peterson, empregado da Sapataria Ana, afirma que o ano passado viu “brigas e conflitos” na rua, mas este ano ainda não viu nada. Djean diz que nota o reforço policial, mas “a partir das 6 horas” não vê “tanta polícia como de manhã ou de tarde” e considera “que devia haver mais policiamento nesse horário”.

No entanto, nem todos estão satisfeitos. “Não sei onde a PSP vai buscar esses números”, afirma Catarina Almeida, responsável pela Farmácia Sousa Soares. A farmacêutica conta que a farmácia teve que recorrer, no passado, a um segurança privado. Catarina Almeida queixa-se da inoperância das forças policiais: “Na altura do Natal, havia muita confusão por causa dos vendedores [ilegais]. A polícia anda à paisana, mas não faz nada. Não percebo o que é que a polícia faz porque compactua com eles e deixa-os vender”.

Pedro Rios