25 anos depois, a RTP deixa a 5 de Outubro. A nova morada é a Avenida Marechal Gomes da Costa, num espaço a ser inaugurado hoje pelo primeiro-ministro, Durão Barroso. O “Telejornal” abre com a notícia das novas instalações, que juntam RTP e RDP. A nova imagem do canal é também apresentada hoje.

Em declarações ao JornalismoPortoNet, o subdirector Carlos Daniel contou como está a correr a mudança de instalações. “Estamos numa azáfama, mas é a azáfama normal de uma mudança. Mas há também muita emoção”, refere. O pivot acredita que tudo está a mudar na televisão pública. “Temos agora novas condições e vamos rentabilizar o que foi feito. A RTP vai continuar a manter o respeito pela história e a apostar na modernização”, acrescenta.

O novo estúdio de informação é apresentado por Luís Marques, administrador da RTP, como “um dos maiores e melhores do Mundo”. Ao contrário do que acontecia na 5 de Outubro, em que a redacção estava dividida por dois pisos, nas novas instalações funcionam num único andar, como “open space”.

A RTP fica agora instalada num edifício que foi a sede da administração da Expo 98 e uma empresa de lapidação de diamantes. O grupo hoteleiro VIP adquiriu agora o antigo edifício da RTP, na 5 de Outubro, para o transformar num hotel. Aliás, era esse o objectivo quando foi projectado, na década de 70.

Depois de ter começado na Feira Popular de Lisboa, a RTP instalou-se em vários pontos da capital. A sede era na Lapa, enquanto que a Informação estava nos estúdios do Lumiar. A mudança para a 5 de Outubro veio permitir a concentração das várias áreas da RTP.

Sindicato promete protesto

Mas a contestação poderá também estar presente na inauguração das novas instalações. Um comunicado do Sindicato de Jornalistas (SJ) refere que “os jornalistas da RTP (…) vão dar nota do seu descontentamento ao Governo e à administração em protesto público, às 18 horas, junto às novas instalações da empresa”.

Em declarações ao JornalismoPortoNet, Maria João Duarte, do SJ, explicou as razões do protesto: “Em causa está a negociação de 3 anos sem aumentos salariais”.

Daniel Vaz