“Os refugiados que entram no país são pessoas com muito poucas possibilidades”. Para Carla Folgoa, da direcção da Comissão Portuguesa para os Refugiados, entidade que dá apoio directo a todos os cidadãos estrangeiros que entram em Portugal ao abrigo da Lei de Asilo portuguesa, estas pessoas precisam “da máxima ajuda”.

A CPR acolhe os refugiados depois de o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras lhe dar conhecimento das pessoas que entraram no país. Depois a CPR encarrega-se de dar protecção aos refugiados através de apoio social, jurídico e profissional. Carla Folgoa afirma que “estas pessoas são acompanhadas até que a sua situação de permanência fique bem definida, porque grande parte dos refugiados que chegam ao nosso país, têm graves problemas sociais”.

A representante da CPR referiu ainda que os refugiados são pessoas extremamente “reservadas” e que, por vezes, o contacto com elas é “muito complicado”. Entre outras actividades, a CPR organiza também congressos e publicações, e dá formação específica a técnicos e estudantes promovendo a prática do voluntariado.

No ano de 2003, foram aceites pelo Estado português apenas 88 pedidos de asilo político. “Um número muito baixo, se tivermos em conta que a média da União Europeia ultrapassa os vinte mil pedidos”, como afirmou Carla Folgoa ao JPN.

Bruno Amorim