As autoridades jordanas evitaram, de acordo com a CNN, um alegado atentado de grandes dimensões da Al-Qaida. A verificar-se, este seria o maior atentado perpretado por aquele grupo terrorista até hoje, pior mesmo que o 11 de Setembro.

Os alegados alvos desta operação terrorista eram o edificio do primeiro-ministro da Jordânia, a embaixada dos EUA no país e a sede dos serviços secretos.

As forças de segurança terão feito uma rusga à casa onde a célula da Al-Qaida operava. De acordo com BBC, a rusga resultou em quatro mortes e na detenção de seis pessoas, incluindo Azmi al-Jayusi que mais tarde viria a confessar a sua participação no acto terrorista na televisão jordana.

Entre os químicos apreendidos estão ácido sulfúrico, conhecido por aumentar a dimensão de explosões convencionais, e gás nervoso. As autoridades jordanas não asseguram que o objectivo dos terroristas fosse o de criar uma núvem tóxica e usá-la como arma química. No entanto, Amã avançou que, a julgar pelas quantidades envolvidas, esta célula da Al-Qaida pretendia, no mínimo, criar explosões massivas.

Segundo a CNN, o atentado iria ser levado a cabo poucos dias depois de ter sido evitado. As forças de segurança jordanas pararam o ataque no passado dia 20 de Abril.

Confissões na televisão

Azmi al-Jayusi, confessou na televisão pública jordana ter aceite ordens do jordano Abu Musab al-Zarqawi, um suspeito líder terrorista já conhecido das autoridades jordanas. Zarqawi é suspeito de ligações com a Al-Qaida e os EUA dizem que é responsável por alguns atentados no Iraque.

Não é a primeira vez Zarqawi está envolvido em acções terroristas na Jordânia. Em 2000, foi julgado à revelia por ter feito explodir um hotel e atacado destinos turisticos. É ainda acusado pelos EUA de ter assassinado a tiro, em 2002, o diplomata americano Lawrence Foley, à porta da sua casa em Amã.

Hussei Sharif foi outro dos homens que confessou a participação na tentativa de atentado em Amã. Sharif disse que Jayyousi o recrutou como bombista suicida.

O governo da Jordânia disse que as gravações foram feitas com o consentimento dos suspeitos e dos seus advogados, segundo noticia a BBC.

Ana Isabel Pereira