Há 25 anos que a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) promove Maio como o “Mês do Coração”. A iniciativa “já institucionalizada”, como classifica Luís Negrão, responsável pela organização, é também aproveitada para promoção de outros eventos por instituições ligadas à saúde.

Este ano, a FPC enfrenta a “concorrência” do Rock’in’Rio e do Euro2004: “por muito voluntariado que tenhamos, não conseguimos lutar contra estas máquinas”, explica. Desta forma, ao contrário do habitual, este Mês do Coração vai ficar reduzido a pouco mais de duas semanas.

Ainda assim, a organização decidiu associar-se aos dois grandes eventos deste ano: “muitos vão estar a ouvir música a pular e saltar como se a dançar estivessem. Pena é que milhões vão estar nas bancadas a fumar e beber. Melhor estariam se estivessem a fazer actividade física”.

“Cuidado com a alimentação!”

Tabaco, obesidade e colesterol elevado continuam a ser as principais causas de doenças cardiovasculares. “Antigamente, havia sempre o bucha e todos gozavam com ele; hoje em dia é o estica o mais criticado. Os adolescentes nas nossas escolas estão obesos e uma grande maioria vai continuar assim na idade adulta e isso é aflitivo”, explica Luís Negrão.

Desta forma, o Mês do Coração pretende também prevenir os portugueses sobre os perigos de uma alimentação errada. Excesso de colesterol ou de triglicerídeos e hipertensão são os potenciais geradores de maleitas no órgão que bombeia.

Manuel Jorge Bento