Estilos diferentes mas com um denominador comum: a eficácia.

Diz-se que as vitórias começam sempre nos guarda-redes. Se assim for, Espanha, Alemanha e Itália bem podem estar descansadas. A espectacularidade de Casillas, a frieza de Khan e a elegância de Buffon fazem deles três dos melhores guarda-redes do mundo.


Casillas assumiu desde muito jovem a baliza do Real Madrid. Teve algumas dificuldades nos primeiros tempos, mas de repente começou a arrancar grandes exibições que lhe valeram a chamada à selecção. Uma infeliz lesão de Cañizares abriu-lhe as portas da titularidade no Mundial2002. Encantou e foi um dos maiores responsáveis pela boa carreira espanhola. Casillas tem reflexos apuradíssimos e é de uma elasticidade impressionante. As suas defesas são geralmente espectaculares.


Khan personifica a típica frieza germânica. Um lutador por excelência, dá tudo o que tem em cada lance. Evitar que a bola entre é o único objectivo, seja de que maneira for. Uma forma pouco ortodoxa de defender, mas eficiente. Pelo Bayern de Munique, já ganhou tudo. Pela selecção, a mancha que fica é um golo mal sofrido na final do Mundial2002. Khan fez um grande torneio e não merecia a infelicidade. A FIFA achou o mesmo e deu-lhe o prémio de melhor jogador da competição. Porém, Khan não se esqueceu e prometeu a si mesmo “vingar” esse momento sendo decisivo no Euro2004.


A escola italiana de guarda-redes tem uma larga tradição. Buffon é a última referência. Relega para segundas escolhas da transalpina Toldo, Peruzzi ou Pellizolli. Por aí já se vê a sua enorme valia. Recolhe, quiçá, as maiores preferências dos adeptos para melhor do mundo. Talvez o seu estilo elegante não seja alheio a isso. O certo é que se não é o melhor, está entre os melhores. Muito veloz e com um “golpe de rins” bem apurado, são muito poucos os golos que sofre.

André Morais