O protótipo foi desenvolvido pelos investigadores do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência (CTEC) da universidade e vai ser apresentado às 18h30. Trata-se de um sistema de propulsão (“Lifter”) que assenta no chamado «efeito de Brown». Este sistema permite a elevação de um pequeno veículo com cerca de 25 cm de diâmetro através de uma descarga eléctrica.

De acordo com a UFP, a conferência e demonstração agendadas para o final do dia vão procurar mostrar as implicações deste modelo alternativo de propulsão e fazer uma contextualização teórica do efeito que tem por base ( «efeito de brown»).

O «efeito brown»

Raul Berenguel, citado pela agência Lusa, diz que no interior do objecto está instalado um condensador ligeiramente diferente dos normais, uma vez que tem dois eléctrodos de diferentes tamanhos. Assim que o condensador é atravessado por uma carga eléctrica superior a 30 kV, o objecto em causa eleva-se no ar.

O «efeito brown» foi descoberto por Thomas Townsend Brown (EUA) e Paul Alfred Biefeld (Suíça). Baseia-se numa descarga eléctrica que permite ionizar os átomos. São usados dois eléctrodos de alta voltagem, com cerca de 20kV entre eles, sendo que um dos eléctrodos é pequeno e agudo e o outro grande e mais liso. Isto cria um campo eléctrico em torno do mais pequeno e de carga positiva, à volta do qual os electrões se desligam dos átomos e são puxados directamente para a descarga do eléctrodo. Os electrões movem-se rapidamente para o eléctrodo e são conduzidos para o eléctrodo negativo através da voltagem.

Este método desencadeia uma nuvem de iões de carga positiva, os quais são atraídos pelo eléctrodo negativo. Mas também são arrastados alguns do meio circundante, o que causa o chamado “vento iónico” que cria uma brisa de grande magnitude. Este efeito pode ser usado para propulsão, como acontece com o efeito «Lifter», e em bombas de fluidos.

Andreia Parente

Fonte: Wikipedia