A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) vai manter-se fechada a cadeado pelos alunos. Esta é a garantia que dá ao JPN Alexandre Guerreiro da direcção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa (AAFDL).

“Ainda estamos a protestar e vamos continuar até que tenhamos um parecer positivo e o futuro presidente do conselho directivo se mostrar disponível para garantir os nossos direitos”, afirma Alexandre Guerreiro. Os estudantes protestam contra o facto de o novo conselho directivo ainda não ter tomado posse.

Os estudantes manifestam-se desde a madrugada contra o novo conselho directivo que foi eleito há três meses, mas que ainda não tomou posse. “Por mais que o conselho directivo garanta que vai tomar posse, não cedemos enquanto não tivermos a garantia por parte do novo presidente que teremos os nossos direitos de volta”, afirma o presidente da AAFDL.

Em causa estão várias reivindicações, como a avaliação contínua. Segundo a direcção da Associação Académica, nem todos os alunos têm direito a assistir às aulas e ter uma avaliação justa.

“Queremos também um mapa de exames definitivo e decente”, diz o membro da direcção. Nesse sentido, os alunos da FDUL entregaram esta manhã um caderno reivindicativo onde apresentaram uma proposta para um novo mapa de exames aos orgãos de gestão da faculdade, à reitoria da Universidade de Lisboa e ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).

Segundo Alexandre Guerreiro, pela manhã estiveram cerca de 300 estudantes a impedir a entrada na faculdade e durante a tarde perto de duzentos. Os alunos estão divididos em turnos e prometem continuar o luto académico ao longo da noite.

Carina Branco