O Totoloto nasceu na Alemanha há 50 anos, mas entre os portugueses o fenómeno tem duas décadas e já distribuiu mais de 2,65 mil milhões de euros em prémios. Ao contrário do Totobola, que implica conhecimentos especiais que aumentam a probabilidade de ganhar, o Totoloto depressa se tornou no jogo popular que “é fácil, é barato e dá milhões”.

Dos anos oitenta até agora, “pouco ou nada mudou”, na opinião de José André, gerente da “Casa da Sorte”, no Porto. José André refere que “é a mesma coisa, agora como há vinte anos as pessoas continuam a apostar no Totoloto”. Quem pensa de forma diferente é Simões Lopes, da casa “Deus dá sorte”, que diz que “as pessoas apostam menos no Totoloto, notando-se um decréscimo significativo”. Simões Lopes, que recorda ainda o prémio de 500 mil contos levantado no seu estabelecimento em tempo de “vacas gordas”, diz que “agora aposta-se mais em jogos como o Euromilhões”.

Jogar para ajudar os outros

As receitas do Totoloto são distribuídas por instituições de cariz social, desportivo e cultural. Mesmo com a crise a afectar todos os sectores da vida social, incluindo o dos jogos, há quem continue a jogar só para ajudar quem mais precisa. José André fala nos que jogam “sempre à espera de ganhar qualquer coisinha”, mas principalmente naqueles que têm por hábito jogar “para ajudar a Santa Casa sem esperar nenhum prémio em troca”. Para além da Santa Casa, o dinheiro do Totoloto ajuda a Segurança Social, actividades desportivas e culturais, diminuídos físicos, INATEL e bombeiros.

Com um aumento de 10% no valor dos prémios e das receitas, o jogo da “chave mágica” já registou mais de 33 mil milhões de apostas e o maior Jackpot de sempre foi de 7,6 milhões de euros divididos por 3 apostadores.

Bruna Pereira