O Vaticano já teve oportunidade para se demonstrar contra a aprovação do casamento entre homossexuais, tendo apelado aos notários cristãos para invocar objecção de consciência para recusar a realização de matrimónio homossexual.

Em declarações ao diário italiano “Corriere della Sera”, o prefeito do Conselho para a Familia, o cardeal colombiano Alfonso López Trujillo, diz que a alteração à lei espanhola aprovada ontem resulta de “uma estranha ideia de modernidade” e por isso apela aos “empregados municipais encarregados de celebrar tais bodas que se refugiem na objecção de consciência, mesmo se por isso perderem o seu emprego”.

O cardeal lamenta que não se tenham perguntado às famílias espanholas o que pensam do assunto, frisou que “a família é um dom recíproco entre homem e mulher” e considerou ainda as uniões de facto “uma moeda falsa. Qualquer modelo de União pode chegar a ser uma família, como se fosse um clube”.

A Opus Gay considera que “o casamento que estamos a falar é civil”. “Não estamos a falar de um matrimónio que é um sacramento da igreja. O Vaticano já teve nestas questões com ideias muito retrógradas e reaccionárias e tem perdido”, afirma ao JPN o seu presidente António Serzedelo.

Pedro Sales Dias