Porque veio ao cortejo de Coimbra?

Porque gosto muito de Coimbra, e porque já fui estudante e agora gosto de me divertir um bocado. É uma forma de ver amigos e amigas. Tenho uma sobrinha que hoje também pôs o grelo. E, para mim, é uma grande satisfação como tia.

O facto de vir cá é uma forma de se recordar dos tempos de academismo?

Sem dúvida. Deixa muita saudade todo este tempo e é uma forma de recordar um pouco, porque recordar é viver. E é o que eu hoje estou a fazer.

O que é que lhe deixa mais saudades do seu tempo de universitária?

Os jantares com os colegas. A vida estudantil é muito interessante. No meu grupo, éramos um bocadinho mais velhos, porque éramos trabalhadores estudantes. E sempre apreciei muito o carinho com que eles me aceitavam. Eu estava presente em todos os jantares. E todos esses miminhos eram muito interessantes.

A Queima na Figueira da Foz era muito diferente?

Coimbra é uma cidade muito diferente. Tem muitos mais estudantes. Na Figueira da Foz, o cortejo é mais pequeno, mas não deixava de ser interessante também. E diverti-me muito.

Neste cortejo não é difícil encontrar garrafas pelo chão… O que acha desta versão mais alcoólica da Queima?

Será talvez a parte mais negativa do cortejo, realmente. E é pena que os jovens bebam demasiado, porque acabam por não gozarem este dia. Alguns vão parar ao hospital e, certamente, não se lembram depois do dia do cortejo. Isso não é muito razoável, mas… é a vida estudantil.

Neste cortejo há milhares de estudantes que estão a um passo de saírem da universidade para o mundo do trabalho. Numa altura em que é tão complicado arranjar emprego, como vê este fenómeno?

Para eles é um privilégio estar na faculdade. Quando se entra na faculdade o objectivo é atingir a licenciatura… Vamos ver com o tempo. Talvez eles consigam. Vamos ter fé nisso!

Hugo Manuel Correia