Como é que a reitoria tem acompanhado o trabalho desenvolvido no IPATIMUP?

Tem acompanhado tal como tem feito com todos os outros institutos de investigação da universidade. Temos procurado apoiar, tanto quanto é possível. Com o professor Manuel Sobrinho Simões não é necessário “incentivo” porque isso já ele o faz. Mas temos procurado acompanhar os projectos e em tudo o que está ao nosso alcance estamos sempre abertos a ajudar.

Sobrinho Simões fez questão de reiterar que o trabalho do IPATIMUP depende do financiamento e do apoio das universidades. No futuro, a UP vai continuar a apoiar o trabalho do IPATIMUP?

Espero que sim, embora com dificuldades. Quando se fala de aspectos financeiros, há sempre muita dificuldade. Se houvesse excessos – o que nunca acontece – haveria uma tendência para o desperdício. Portanto, é bom que haja algum aperto para que realmente possamos apreciar o valor do dinheiro e saibamos investi-lo da melhor maneira.

Com o “Choque Tecnológico” prometido pelo actual Governo, acha que haverá mais verbas para investir em projectos como este?

Devemos ser nós próprios a procurá-las. Temos que encontrar projectos que efectivamente as justifiquem. E como foi dito aqui várias vezes [na cerimónia de inauguração das novas instalações], as verbas devem vir não apenas do orçamento de Estado, mas também da sociedade e das empresas. Termos que diversificar as fontes de financiamento.

Como vê o futuro da investigação na UP?

A iniciativa individual – seja ela em que domínio for – vale sempre a pena. Os próximos anos serão um período em que efectivamente essa iniciativa individual será valorizada. E não será só aqui, vai ser também nas novas empresas. Tudo isto há de estar ligado. Vamos ter confiança de que efectivamente as coisas decorram desta maneira.

Hugo Manuel Correia
Foto: Liliana Rocha Dias