Tony Blair reconheceu numa declaração ao início da tarde de quinta-feira que Londres foi alvo de ataques terroristas. O primeiro-ministro britânico falou em Gleneagles, Escócia, onde decorre a reunião do G8. Blair reconheceu que há mortes a lamentar e um grande número de feridos, partindo de imediato para a capital inglesa.

Com voz abatida, Blair reafirmou a intenção de prosseguir a luta contra o terrorismo. “É importante que os terroristas percebam que a nossa determinação para defender o nosso modo de vida é maior que a determinação deles para causa morte e destruição”, afirmou.

A Associated Press avançou ao início da tarde com a informação que um grupo de terroristas islâmicos reivindicou a autoria do atentado.

As autoridades confirmaram que houve sete explosões, em estações do metro, autocarros e caixotes do lixo. As explosões aconteceram pouco antes das nove horas da manhã. De forma concertada, a rede de transportes londrina foi atingida em pontos estratégicos.

Há fortes suspeitas de que a organização terrorista Al-Qaeda esteja por detrás destes atentados. Especialistas reconhecem paralelismos com Nova Iorque e Madrid, não só pelos pontos estratégicos atingidos, mas também pela simultaneidade das acções levadas a cabo.

As ameaças de ataque a alvos britânicos por parte da Al-Qaeda têm sido uma constante desde que Tony Blair se associou a George Bush nas guerras no Afeganistão e Iraque. O Reino Unido ocupa a presidência rotativa da União Europeia e é também anfitrião da reunião do G8, que decorria na Escócia.

Estes atentados ocorrem um dia depois do anúncio da vitória da candidatura de Londres à organização dos Jogos Olímpicos de 2012.

As autoridades, que começaram por comunicar um curto-circuito na rede do metro, ainda não avançam com estimativas do número de vítimas, mas a BBC garante que há pelo menos duas mortes a lamentar.

André Viana
Foto: Downing Street