O Correio da Manhã noticia, na edição de hoje, que o Benfica tenciona vender o nome do Estádio da Luz a uma marca multinacional. Segundo o jornal, o Benfica pretende negociar a cedência dos “naming rights” do estádio por um período entre os oito e os 10 anos. As negociações estarão já a decorrer entre o clube lisboeta e algumas multinacionais. O encaixe previsto é ainda desconhecido.

Domingos Soares Oliveira, dirigente encarnado, confirmou ao MaisFutebol que a possibilidade agrada à direcção benfiquista, mas adianta que a prioridade vai para a “sponsorização” do Centro de Estágio do Seixal.

Segundo o dirigente, o Benfica não tem qualquer proposta para alterar o nome do actual estádio, mas está disposto a negociar caso surjam interessados. Muito mais viável é a venda do nome da Academia, que deve ser inaugurada em Setembro. Segundo Domingos Soares Oliveira, a SAD encarnada procura fechar um acordo até final do ano.

Sem necessidade de aprovação em Assembleia Geral de Sócios, a cedência dos nomes das infra-estruturas do campeão nacional é uma medida para aumentar as receitas. Contudo, dado o melindre do assunto e o simbolismo do Estádio da Luz para os sócios e adeptos, é possível que a proposta seja levada a uma Assembleia Geral.

Este novo passo, que surge na sequência da “sponsorização” das bancadas de alguns estádios nacionais, está longe de constituir uma inovação no plano desportivo internacional.

O Arsenal, por exemplo, encaixa cerca de 5 milhões de euros anuais após ter cedido o nome do novo estádio (a inaugurar este ano) à empresa de aviação Fly Emirates, com sede no Dubai. Generalizada na Europa, a prática nasceu nos Estados Unidos da América e parece agora chegar ao futebol português, ainda que o mercado nacional não seja tão rentável comparativamente aos dos principais campeonatos.

André Viana
Foto: Euro2004