É o evento mais importante da economia industrial e um dos mais revelantes para a discussão académica das teorias económicas. Este ano, as conferências EARIE (European Association for Research in Industrial Economics) decorrem na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Esperam-se cerca de 400 participantes nos trabalhos que vão de quinta-feira a domingo.

A EARIE é uma associação com sede em Bruxelas. Foi fundada em 1974 com o objectivo de promover o diálogo entre especialistas na área da economia industrial, “uma das áreas [da economia] mais aplicadas ao ambiente das empresas”, explica António Brandão, da organização do evento.

Ao longo dos quatro dias, em 90 sessões paralelas, vão ser apresentados e discutidos aproximadamente 380 trabalhos ainda em desenvolvimento sobre temas como estratégias comerciais, regulação económica, políticas de concorrência, redes de empresa e análise do funcionamento interno de uma empresa.

António Brandão sublinha o facto do evento aliar intervenções de “investigadores consagrados” com a “apresentação de ideias novas de jovens economistas”, o que permite a “troca de experiências” e a partilha de conhecimentos de vanguarda. Oito jovens economistas vão receber o prémio para melhor ensaio.

Sessões plenárias

Em cada dia há uma sessão plenária, com a intervenção de um economista reputado internacionalmente.

O belga Jean Gabszewicz vai abordar, quinta-feira, questões ligadas à economia dos “media” e à relação destes com a publicidade. Segundo António Brandão, Gabszewicz é “um dos maiores especialistas” da área.

No dia seguinte, é a vez do norte-americano Jerry Hausman explicar de que forma a entrada de novos produtos, como os telemóveis, no mercado melhora o bem-estar dos consumidores.

O italiano Franco Malerba, presidente da EARIE, vai abordar no sábado as dinâmicas de inovação e industriais.

A última sessão, no domingo, está a cargo de Luís Cabral, um economista português radicado nos Estados Unidos, que vai reflectir sobre aspectos ligados à reputação de uma empresa perante as outras.

Pedro Rios
Foto: Andreia Ferreira/Arquivo JPN