Os EUA têm uma importante decisão a tomar em 2008. George W. Bush já não se pode candidatar, o que significa que o eleitorado norte-americana estará perante uma uma bifurcação: escolher a continuidade nos republicanos, ou virar à esquerda com a provável candidata democrata, Hillary Rodham Clinton, esposa do antigo presidente democrata Bill Clinton.

Para o professor de Ciência Política e de Sociologia da Universidade de Yale Ivan Szelenyi, as mudanças que podem vir a acontecer passam por uma maior sensibilização por parte do Partido Democrata para políticas alternativas às de Bush. “Só assim é que os democratas terão a chance de ganhar, pelo menos, uma das câmaras do parlamento e uma candidata como Hillary Clinton tomar de volta a Casa Branca para os democratas”, considera Szelenyi.

“Se a guerra ao terror de Bush continuar a ser um tamanho desastre, como eu acredito que tem sido nos últimos quatro anos, finalmente o Partido Democrata terá a coragem e a visão para desafiar os princípios da ‘guerra global ao terror’ e poderá oferecer um plano para cooperação pacífica, em vez de intervenções militares unilaterais, e ter compaixão genuína e empenho para resolver a pobreza, a degradação ambiental e a injustiça pelo mundo”, conclui o professor húngaro, autor de vários livros sobre pós-comunismo e capitalismo.

O professor de Relações Sociais da Universidade de Brown, Gregory Elliott também acredita que a mudança está num rumo diferente a nível social. “Todas estas questões são questões sociais, que têm sido politizadas. Até encararmos a natureza social destes temas, continuaremos a afundar-nos”, afirma.

Tiago Dias
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