O Prémio Nobel da Medicina 2005 foi, segunda-feira, atribuído em “ex-aequo” aos australianos Barry G. Marshall e J. Robin Warren, anunciou em Estocolmo o Instituto Karolinska de Medicina.

Marhshall, 54 anos, e Warren, 68, descobriram em 1982 que a úlcera do estômago pode ser causada por uma infecção bacteriológica e que a bactéria Helicobacter pylori tem um papel fundamental nas úlceras.

Antes da descoberta, o “stress” e a ansiedade eram considerados os principais causadores deste tipo de problemas gástricos.

“Graças à descoberta pioneira de Marshall e Warren, a úlcera péptica já não é uma doença crónica e muitas vezes incapacitante, mas uma doença que pode ser curada por uma curta terapêutica de antibióticos e inibidores de secreções ácidas”, diz a Academia Nobel em comunicado.

O prémio, no valor de 10 milhões de coroas suecas (1,1 milhões de euros), será entregue a 10 de Dezembro, data do aniversário da morte de Alfred Nobel, fundador dos galardões.

Terça-feira será conhecido o prémio da Física, na quarta-feira, será a vez do da Química, enquanto que na sexta-feira será conhecido o da Paz.

O período de atribuição dos Nobel termina na segunda-feira com o prémio da Economia, sendo esperado proximamente a data do anúncio do prémio da literatura, tradicionalmente atribuído numa quinta-feira.

Todos os prémios são atribuídos e anunciados em Estocolmo, à excepção do Nobel da Paz, cujo anúncio e cerimónia de entrega decorrem em Oslo.

Pedro Rios
c/ agências